São coisas mais antigas que resolvi, agora que tenho um blog, colocar por aí.
Não e sim
Espero que entendam cada não meu
Como um sim que não deu
Não me faço muitos por não poder e não sei se quereria
Talvez não mil, mas dois ou três
Não sei se sou menos do que esperam e exigem mais do que posso,
Não sei se percebo errado quando entendo cobrança o que não passa de abraço
Sei que não sou mil e não sou mais. Eu sou um de mim e é o que ofereço.
Em forma de trôpegos bocejos é que se apresenta o que de mim resta.
Há ainda uma frase solta e um olhar ou outro de uma verdade que já não sou.
Esvazio-me de mim à medida que me enchem de tudo
Não tenho tempo para ser, apenas para reagir.
Ensimesmado
Memórias francas não cristalizam a visão
Ruídos densos, pesam em cinza mudez
Remotas portas de um quase talvez
Mostram a crista de um doce senão
Espinhos do sufoco
Picuinhas de assobio largo e entre
O tudo o outro o quase o meio o fim o nada e o também
Mesmice de acaso tedioso: chato, cheio, feio fato
O ar que lava o sempre também trava o ato
E molha o mato e seca o prato e dói de fato
Escuro e claro: contínuo gotejar de vontade
Estranho exalar de metade
Comida de mal, coisa de estalar e vinho
Estrada e enxada, vazio sem osso e espuma
Fim, ferro, fogo.
Sem fada, a fama é nada.
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Um comentário:
Amo o seu estilo. Poético, inteligente, sensível. Te amo!
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